Como tirar proveito da queda dos mercados financeiros
A expansão do Coronavírus pelo mundo, nomeadamente nos países europeus e da Ásia, tem afetado os mercados financeiros. Como consequência deste contagio massivo e do medo a uma pandemia global, os principais índices bolsistas do mundo sofreram quedas muito significativas. Na Europa, o Ibex espanhol, o CAC francês, o DAX alemão e o Euro Stoxx atingiram níveis mínimos que não se tinham registado desde a votação do Brexit, em junho de 2016.
Também na América e no resto do mundo se têm sentido os efeitos negativos do Coronavírus na economia. Os índices NASDAQ ou S&P 500 nos EUA, o Nikkei do Japão e a Bolsa de Shanghai não conseguiram evitar tamanhas quedas. Os investidores, nervosos pelo rumo dos acontecimentos, procuram dicas e investing notícias para minimizar as perdas que já acham inevitáveis.
Mas, não será possível tirar proveito da situação e trocar as perdas por lucros? Sim, é possível! A chave para isso acontecer estará relacionada com uma adequada gestão dos riscos, a eleição dos ativos mais pertinentes para investir e também a identificação dos produtos financeiros que melhor desempenho podem ter nestas circunstâncias. Por isso, é conveniente ouvir o que os analistas e expertos dizem estes dias para maximizar o lucro proveniente dos nossos investimentos.
Quais os produtos que melhor reagem a este cenário?
Um produto financeiro ideal para lidar com situações como a que se está a produzir são os CFDs ou Contratos por Diferença. Este produto permite aos investidores obter lucros mesmo quando os mercados descem. Para isso acontecer, é preciso investir em CFDs de índices —como o S&P 500, o Nikkei ou o Eurostoxx, por exemplo— e apostar na queda desses índices. O investidor obterá lucros em relação ao desempenho dos índices e a aposta feita no momento de investir. Também é possível investir em CFDs de outros produtos financeiros, como os pares de Forex ou as criptomoedas.
Além dos CFDs, existe outra opção de investimento interessante no contexto atual: as matérias primas. Nomeadamente, o petróleo, que perdeu um 30% do seu valor num único dia de negociação. Alguns analistas estimam que o petróleo já atingiu o valor mínimo e agora sua cotação aumentará. Nesse caso, pode ser um bom momento para realizar um investimento a medio ou longo prazo, esperando que a cotação do ouro preto aumente nos próximos meses.
Estas estratégias de negociação são próprias de especuladores que gostam de tomar riscos para obter benefícios futuros. De qualquer forma, apostar pelo petróleo quando seu custo é de $30 por barril parece uma decisão ótima, pois custa imaginar uma cotação inferior a esse valor quando as águas internacionais se acalmarem. O lucro potencial desse investimento compensa o custo da operação e os riscos assumidos no momento de investir.
**Até quando se vai prolongar esta situação? **
É difícil estabelecer um período certo de tempo em que os acontecimentos econômicos vão continuar produzindo problemas aos investidores. Mas parece claro que os próximos meses não vão ser tranquilos. O impacto real do Coronavírus na Europa e nos EUA ainda está por ver. A Itália, por exemplo, teve de tomar medidas extraordinárias relativas a entrada e saída de pessoas do país que afetarão as importações e as exportações.
Tudo isto não ajuda a acalmar os mercados nem aos investidores, mas é preciso manter a calma e operar com bom senso. Será imprescindível aplicar a cada operação financeira uma análise e um procedimento de gestão de riscos que sejam adequados. Para isso, os investidores devem procurar a assistência de corretores experientes com capacidade para avaliar a situação e oferecer os melhores conselhos.
Também, será preciso ficar atento a todas as novidades relacionadas com a produção e distribuição de petróleo. As discrepâncias entre vários dos principais produtores —a Rússia e a Arábia— dificultam os acordos da organização de países produtores —a OPEP— para estabelecer volume de produção e assim controlar os preços. Esse fator será chave se o investidor acaba decidindo apostar no petróleo como matéria prima que recuperará valor nos próximos meses, como antes indicado.