Qual salário médio dos brasileiros por classe social?
Definir o salário médio dos brasileiros por classe social é uma questão complicada, pois a renda varia muito de acordo com a região, a profissão e outros fatores. No entanto, é possível traçar um perfil geral da distribuição de renda no país.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média salarial do brasileiro era de R$ 2.543. No entanto, a distribuição de renda é bastante desigual no país. O estudo apontou que, em média, os 10% mais ricos da população recebem 12,4 vezes mais que os 10% mais pobres.
Em relação às classes sociais, a divisão mais utilizada é a definida pelo Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), que leva em consideração a renda familiar, a escolaridade do chefe de família e a posse de bens duráveis. Continue a leitura e saiba mais.
Qual o salário médio dos brasileiros por classe social?
Como já apontado, o critério classe social está muito além da renda mensal. Fazer parte de uma ou outra classe inclui também o acesso a bens de consumo e serviços, como por exemplo, colégio particular, viagens e plano de saúde. Dessa forma, de acordo com o CCEB, as classes sociais são divididas em:
- Classe A: pessoas com renda familiar mensal acima de R$ 16.509 e elevada escolaridade;
- Classe B: pessoas com renda familiar mensal entre R$ 8.254 e R$ 16.509 e escolaridade média ou alta;
- Classe C: pessoas com renda familiar mensal entre R$ 4.155 e R$ 8.254 e escolaridade média ou baixa;
- Classe D: pessoas com renda familiar mensal entre R$ 2.079 e R$ 4.155 e baixa escolaridade;
- Classe E: pessoas com renda familiar mensal até R$ 2.079 e baixa escolaridade.
A distribuição da população brasileira por classes sociais
De acordo com dados do IBGE de 2020, a distribuição da população brasileira por classes sociais é a seguinte:
- Classe A: 1,3%;;
- Classe B: 12,7%;
- Classe C: 54,3%;
- Classe D: 29,8%;
- Classe E: 2%.
Esses números mostram que a maioria da população brasileira está concentrada nas classes C, D e E, que possuem renda familiar mensal de até R$ 8.254. No entanto, é importante destacar que a renda média dentro de cada classe social pode variar bastante, e que existem diferenças significativas entre as regiões do país.
Regiões Sul e Sudeste concentram população mais abastada
A população mais rica do Brasil está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do país, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Essa concentração de riqueza está relacionada à história econômica do país, que se desenvolveu a partir da exploração de recursos naturais, como o ouro e o café, e que se consolidou no início do século XX com a industrialização nessas regiões.
Segundo o IBGE, as cidades com maior renda per capita do país estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste.
As cinco cidades brasileiras com maior renda per capita
- Brasília (DF): R$ 50.076;
- São Caetano do Sul (SP): R$ 49.285;
- Barueri (SP): R$ 45.399;
- Vitória (ES): R$ 45.110;
- Florianópolis (SC): R$ 43.874.
Estados com maior renda per capita
- Distrito Federal: R$2.913;
- São Paulo: R$2.148;
- Rio Grande do Sul: R$2.087;
- Santa Catarina: R$2.018;
- Rio de Janeiro: R$1.917.
Essa concentração de riqueza nas regiões Sul e Sudeste é um reflexo da desigualdade socioeconômica do país, que ainda é bastante elevada. As políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade e a promoção do desenvolvimento econômico em outras regiões do país são fundamentais para reduzir essa disparidade.